Dia dos Finados
A morte é o que temos mais certo, dizem mesmo que é a única certeza desta vida… mas como é algo que gostamos de manter à distância, não falar muito… vamos alimentando de geração em geração este medo terrível da morte e uma total falta de preparação para lidar com a mesma quando nos bate à porta.

Investe-se pouco neste tema da morte.
O que existe depois?
Como proporcionar uma morte feliz?

No livro “O Livro Tibetano dos Mortos” uma das ideias principais que é passada é que deveríamos ter sempre presente a morte todos os dias. Viveríamos muito mais intensamente o presente. Não deixaríamos nada para amanhã, não guardaríamos palavras por dizer, mágoas por resolver ou coisas para ocasiões especiais! Perderíamos tempo apenas com o que realmente tem valor.

Neste período do ano lembramo-nos de todos os que partiram, e por outro lado, lidamos como nunca antes, nas últimas décadas, com a nossa frágil condição Humana. Esta pandemia também vem tocar neste tema que ainda é muito tabo - a morte.

A maior liberdade é a liberdade de viver sem medo de morrer...
Porém uma liberdade difícil de conquistar porque pressupõe aceitar que na prática nada nos pertence e nada controlamos. Isto custa muito aceitar porque somos ensinados e orientados para o ter, guardar, acumular,...e tudo é por prazo determinado.

É essencial dar valor e proteger a vida, e temos atualmente um Mundo inteiro a trabalhar para isso, ou a maioria das pessoas…mas será que o fazemos porque realmente valorizamos tanto assim a vida ou porque temos é muito medo da morte!?

Se é preciso valorizar a vida é preciso também honrar a morte… a morte na maioria dos casos não é algo que acontece de um momento para o outro, como que desligar um interruptor, é um processo, mais ou menos lento, em que os órgãos se vão desligando… Temos muito a aprender e muito a investir nesta parte. Muitas pessoa morrem sem paz, em sofrimento, ligadas a máquinas, quando esse processo poderia, deveria, ser outro. Poderia ser um processo muito mais espiritual e pacífico.

Custa muito aceitar estes dois polos opostos de viver valorizando e tendo prazer com a vida, com as pessoas que amamos, com o que fazemos, e ao mesmo tempo viver com a consciência que nada é eterno … mas não será essa a chave MAIOR da vida? O grande dos segredos da felicidade? A chave que simplifica a vida, e nos foca no que interessa.

Na Astrologia este equilíbrio entre vida/morte está representado pelos signos de Touro/Escorpião.
As casas do nosso mapa natal onde temos estes signos são as áreas de vida onde lidamos com lições de apego/desapego.

A vida e morte são dois polos opostos, dois extremos, de algo MAIOR que ainda desconhecemos e não conseguimos explicar.
Os extremos tocam-se sempre, o dia vem a seguir à noite, a bonança depois de uma tempestade... são as Leis Universais, e por isso cada morte é seguida de uma nova vida.

Nestes dias lembro-me também das pessoas que me eram mais queridas e que não estão presentes, a minha mãe e a minha avó. Coincidência ou não no ano seguinte ao falecimento de cada uma delas, realizei os dois maiores sonhos da minha vida.

Um ano após a minha avó falecer fiquei grávida, era o meu maior desejo!
Um ano e mais qualquer coisa, após a minha mãe falecer, decidi definitivamente deixar uma carreira segura, pela minha paixão de anos – a Astrologia!

Tenho assim razões boas para acreditar que há mais vida e sentido depois desta, e os que partiram de alguma forma que não sei explicar, ajudam-nos!

Feliz dia dos finados, dia dos defuntos ou dos mortos.
E que estejam onde estiverem que também eles nos ajudem nestes tempos :)

Fiquem bem! 

Obrigado pela partilha | monica teixeira | DFAstrolS