O que é o zodíaco?
O zodíaco é uma faixa circular do céu limitada por duas paralelas ao longo da elíptica (*): uma situada aproximadamente a 8º a norte e outra a 8º a sul. Esta faixa está dividida em 12 partes iguais (12 signos), cada uma com 30º, fazendo no total os 360º da circunferência (ver figura abaixo).

O zodíaco funciona como um sistema de coordenadas celestes permitindo localizar no espaço (esfera celeste) e no tempo (passado, presente e futuro) o Sol, a Lua e restantes planetas quando observados partir da Terra (prespectiva Geocêntrica). A posição dos vários Astros é denominada longitude zodiacal e é representada em graus (º) e minutos do signo (´). Por exemplo, uma pessoa que tenha nascido a 27 de Julho de 1972, o Sol está em Leão aos 4º e graus 23′ minutos. Estas posições são calculadas hoje em dia por um qualquer software de astrologia.
 
(*) A elíptica é o círculo máximo da esfera celeste, com uma inclinação de 23º27′ em relação ao Equador, que representa a trajetória anual do Sol no seu movimento aparente à volta da Terra. Na realidade, a Terra é que anda à volta do Sol mas observando o céu a partir da Terra esta parece fixa e tem-se a impressão que é o Sol que num ano faz uma trajetória à volta da terra. O Sol demora aproximadamente um mês a transitar em cada signo.



 

O Zodíaco e as 4 Estações

Sendo o zodiaco gerado a partir da trajetória do Sol ao longo do ano que é responsável pelas diferenças de temperatura na Terra, ou seja, pelas 4 estações, o zodíaco está intimamente ligado às estações do ano.
Temos 4 estações e o zodíaco pode ser dividido em 4 partes, cada uma correspondendo a uma estação do ano.
Cada uma dessas 4 partes inicia-se no ponto onde o Sol no seu percurso pela elíptica está posicionado no início de cada estação, como representado na figura acima: Equinócio da Primavera;Solsctício de Verão, Equinócio do Outono e Solsctício de Inverno.

As estações do ano podem ainda ser dividida em 3 fases (inicio, meio e fim da estação) sendo que em cada uma destas fases o Sol transita por um signo diferente. Assim, a partir das 4 estações do ano e das 3 fases obtemos os 12 signos, ou seja, as 12 divisões do zodíaco por onde o Sol transita na sua trajetoria ao longo do ano.
Os signos onde o Sol está no início de cada estação, ou seja, os signos que arrancam com cada estação (Carneiro, Caranguejo, Balança e Capricórnio) são chamados de Cardinais e partilham em comum um modo de atuação orientado para a ação. Na base das suas qualidades está o ímpeto de iniciar e seguir um objetivo.
Os signos que têm correspondência com o meio da estação, ou seja, fixam as características da estação (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) são chamados Fixos e partilham em comum um modo de atuação orientado para a manutenção. Na base das suas qualidades está a estabilidade e firmeza.
Os signos que correspondem ao fim da estação, ou seja, fazem a transição entre as estações (Gémeos, Virgem, Sagitário e Peixes), são chamados mutáveis e partilham em comum um modo de atuação orientado à adaptação. Na base das suas qualidades está a flexibilidade e a adaptabilidade.

 
Qual a ênfase no teu mapa astral:  signos cardinais, fixos e/ou mutáveis?
  • Se a ênfase é em signos cardinais a personalidade é mais orientada para abrir novos caminhos, iniciar projetos. No fundo Agir.
  • ​​Se a ênfase é em signos fixos a personalidade é mais orientada para manter esforços, amadurecer ideias e projetos. No fundo dar continuidade às coisas.
  • Se a ênfase é em signos mutáveis a personalidade é mais orientada para adaptar-se à realidade de cada momento, ser flexível. No fundo transformar e integrar.

O Zodíaco e os 4 Elementos
 
Os 4 Elementos (Fogo,Terra,Ar e Água) são as forças básicas de toda a criação. A vida depende da combinação destes elementos.
Cada elemento representa um tipo de energia diferente e cada signo na sua ordem no zodíaco está associado a um dos elementos pela sequência: Fogo, Terra, Ar e Água. Carneiro (Fogo), Touro (Terra), Gémeos (Ar), Caranguejo (Água), …Peixes (Água).



Quais os elementos dominantes no teu mapa astral?

Normalmente no mapa astral existem dois elementos dominantes (Fogo-Ar, Terra-Água, Fogo-Água ou Ar-Água). Algumas combinações têm correspondência com personalidades mais expansivas ( Fogo-Ar), outras mais introspetivas (Terra-Água), outras mais sensíveis (Ar-Água) e outras mais extremadas (Fogo-Água). Os elementos dominantes apontam para aspetos da nossa personalidade que nos são conscientes e onde nos sentimos mais confortáveis.

Os elementos que estão em “falta”, ou seja, quando no mapa astral não existe nenhum planeta, Sol e Lua nesse elemento ou existe apenas um,  são tão ou mais relevantes que os outros. Eles representam caracteristicas que nos são mais inconscientes e por isso desconhecemo-las e/ou precisamos de um esforço maior para as desenvolvermos.
O que está em falta pode representar, entre outras coisas:
Por exemplo, Bill Gates um dos homens mais ricos de todos os tempos não tem nada no elemento Terra associado às coisas materiais: dinheiro, bens, coisas praticas, reputação. No entanto, olhamos para a vida dele e vimos que foi um dos homens mais ricos do mundo e que contribui para o desenvolvimento tecnológico com coisas bem práticas. Conquistou uma fortuna imensa e vive com a grande responsabilidade da sua gestão.


O zodíaco: ciclo contínuo de evolução

Não existem signos melhores ou piores, é como os dedos da mão ou qualquer outra coisa que isoladamente não é nada porque a razão da sua existência está integrada em algo maior. Neste caso, cada signo existe no contexto do Zodíaco que é um grande “mapa celestial” que permite descrever o TODO, ou seja, as Leis da Natureza que governam toda a realidade.

Cada signo tem correspondência com um conjunto de características base únicas que definem o seu simbolismo central, o core do signo.  Portanto, todos eles são únicos, especiais e essenciais. Num mapa Astral todos temos um pouco de todos, uns estão mais enfatizados do que outros mas vivemos experienciamos as características de todos os signos, em doses maiores ou menores, de forma mais equilibrada/suave ou mais enfatizada/dinâmica.
Assim, compreender o zodiaco é perceber que não existem qualidades boas ou más porque são todas necessárias, todas foram criadas em silmutâneo com as suas qualidades complementares e existirá sempre alguma altura em que cada um se tornará especial e essencial de ser expressa na nossa vida.  “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar” – Eclesiastes

O zodíaco e a sua relação com as estações do ano reflete o padrão repetitivo presente na Natureza. Por exemplo, o ano astrológico começa sempre no início de carneiro (equinócio da Primavera) e termina no signo de peixes (final do Inverno). Este padrão repete-se sucessivamente e afeta e influencia tudo na Terra, inclusive a nossa vida. Sem esse padrão as coisas não se desenvolveriam e evoluiriam porque para haver evolução é preciso repetir com melhorias, acrescentosando, ou seja, uma repetição numa escala evolutiva. É assim que funciona tudo no Universo, ciclos que se repetem numa escala evolutiva em espiral.

“sempre a primavera, nunca as mesmas flores” – ditado chinês. Apesar de tudo obedecer a um padrão repetitivo, tudo está sempre em transformação e renovação, ou seja, em contínua evolução. Tudo é mutável. A única certeza que se tem é que tudo muda.

O zodíaco espelha este movimento contínuo de evolução:



Aproximadamente durante um mês o Sol transita num signo. As características desse signo ganham força, elas vão simbolizar o tipo de energia vital que nesse período alimenta a vida. Se quisermos mensalmente aproveitar essa energia vital, podemos olhar para a nossa carta astral e ver qual a casa astrológica que começa com esse signo.
Podemos prestar atenção ao que se passa nesse setor da nossa vida durante um mês. É provável que ele ganhe destaque durante esse período e/ou que sejamos obrigados a ver o que queremos ou não queremos ver porque o Sol ilumina e traz à consciência o que é preciso integrar. O efeito é curto mas mesmo assim pode ser relevante e enriquecedor para a nossa autoconsciência.
  • O que procuramos “compulsivamente” desenvolver porque tende a exercer um certo fascinio sobre nós.
  • Características em relação aos quais somos muito sensíveis ou mesmo vulneráveis porque não nos sentimos confortáveis nessas áreas.
  • Aquilo que vamos conhecer atravês dos outros pelo efeito da projecção. Neste caso, o que não sinto e desconheço em mim vou procurar no outro.
  • Cada novo ano astrológico, integra as experiências do ciclo anterior e parte com uma bagagem diferente, para uma aprendizagem numa escala evolutiva um passo à frente.
  • Por outro lado, cada signo na sua sequência do zodíaco (1º carneiro, 2º touro, 3º gémeos, …12º peixes) transporta e integra as experiências do signo anterior, adquire um novo saber no momento certo e passa-o ao signo seguinte. Ao longo do zodíaco os signos vão ganhando maturidade.


Obrigado pela partilha | monica teixeira | DFAstrolS