“Um Homem prevenido vale por dois”, prevenir é prever!

Prever o futuro sempre exerceu um grande fascínio nas pessoas, mas mais importante do que isso sempre ajudou a antecipar eventos e consequentemente a planear ações capazes de minimizar riscos e potenciar oportunidades.

Saber quando apareciam as primeiras chuvas ou iniciava o período de seca era determinante para a sobrevivência dos primeiros Homens, ajudando-os a planear atividades essenciais como fazer reservas de alimentos. Prever bem permitia sobreviver melhor! Hoje em dia, com outro tipo de desafios pela frente o Homem continua a precisar de prever bem para planear ainda melhor a sua vida. 

Ao nível coletivo fazem-se inúmeras previsões: previsões sobre o tempo; previsões económicas; previsões políticas, … Estas previsões têm depois impacto a vários níveis, como por exemplo, na vida das empresas que por sua vez fazem as suas previsões de vendas, compras, contratação, riscos e oportunidades… antes de definirem estratégias e objetivos futuros.

Ao nível individual sempre que nos propomos alcançar um objetivo e traçamos um plano, estamos na prática a prever um conjunto de passos e/ou ações que acreditamos que nos vão fazer chegar a esse objetivo. Assim, planear tem implícito o ato de prever porque um plano é sempre uma projeção feita para o futuro, trabalha no campo das possibilidades esperadas, ou seja, das estimativas e previsões. 

Se planear é essencial ao Homem atual para gerir bem o seu tempo, aproveitando-o da melhor forma, prever também é! Com boas previsões será mais fácil definir os “melhores planos” ou os “caminhos mais curtos” para chegar aos objetivos desejados. 
Um Homem prevenido vale por dois, prevenir é prever para depois planear. 
 

As “previsões lógicas”

Todos somos “videntes” em certa medida, adivinhando o futuro com grande margem de acerto!

Por exemplo, eu posso prever que na próxima segunda-feira acordarei pelas 7 horas, trabalharei cerca de 8 horas e por volta das 19 horas irei buscar os meus filhos à escola. Podemos dizer que estas são “previsões lógicas” mas não deixam de ser uma advinhação do futuro!

Este tipo de previsões assenta em dados conhecidos, neste caso horários e compromissos, que sabemos à partida que vão moldar os dias (o futuro) caso não ocorra nenhum imprevisto. Para as efetuarmos não precisamos de nenhum conhecimento específico, basta estarmos dentro do contexto da nossa vida e daquilo que nos move, deixando a mente processar naturalmente a informação de forma lógica e racional.

Estas previsões de tão lógicas nem nos damos conta que as fazemos frequentemente. Elas funcionam bem quando se trabalha no campo do que é conhecido e objetivo, mas quando precisamos considerar variáveis mais subjetivas como sentimentos, instintos, comportamentos,… ou ver além do que a mente é capaz de processar e visualizar, precisamos de recorrer a outro tipo de canais de informação para efectuar boas previsões. 

As “previsões intuitivas”

Existe em cada um de nós algo poderosíssimo que grande parte das pessoas desvaloriza mas é único na sua capacidade de nos orientar sobre o que realmente é bom para nós, é a nossa intuição. A intuição ajuda-nos a expandir a nossa capacidade de previsão para outros patamares, ou seja, permite-nos entrar no campo do desconhecido. Sentir, perceber, identificar e interpretar coisas que os nossos sentidos físicos só por si não conseguem. 
A intuição é o nosso GPS interior, é uma informação que vem de dentro e não é influenciada pelo exterior, não se explica, sente-se. Em última análise qualquer decisão sobre o que é bom ou mau para nós deveria ser sempre filtrada pela nossa intuição….

Já por várias vezes confiei acima de tudo na minha intuição e comprovei que foi o melhor caminho. Por exemplo, mais do que uma vez, duvidei de uma informação clínica que me deram, e segui a minha intuição procurando uma segunda opinião que depois veio confirmar as minhas suspeitas iniciais. Ao nível profissional fui traçando o meu caminho, aproveitando as oportunidades que mais uma vez foram sendo filtradas pela minha intuição e por aquilo que sentia que me iria levar ao caminho profissional que eu desejava abraçar, e por sinal radicalmente diferente daquele que iniciei nos primeiros anos de vida profissional.

A intuição manifesta-se muitas vezes através de sentimentos ou por meio de informação espontânea:
  • Não sei explicar mas sinto que estou numa fase de viragem profissional ...
  • Sinto que este alimento não me faz bem apesar de toda a propaganda...
  • Tenho um feeling que algo maior e bom vai atravessar na minha vida afetiva...
  • Não me sinto bem ao pé desta pessoa ou pelo contrário, a companhia desta pessoa faz-me sentir muito bem!
Este tipo de feelings é a nossa voz interior e ajuda-nos nas nossas “previsões intuitivas”. 

Como a intuição trabalha no campo do desconhecido aos nossos sentidos físicos, ela não pode ser compreendida pela mente racional, mas ela transcende a mente, por isso quando aparece há que confiar! 

Uma intuição que não se mesclou com a razão é pura e cristalina e nunca falha! O difícil para a maioria das pessoas é distinguir a informação que vem da parte lógica da que vem da parte intuitiva, mas é tudo uma questão de treino e também de confiança! A informação intuitiva aparece como que pacotes desconectados de qualquer raciocínio que esteja em curso, é como se alguém tivesse depositado esses pacotes de informação na nossa cabeça. No entanto, é ao mesmo tempo uma informação pura e cristalina.

A intuição é o que no oriente chamam o “terceiro olho” e a forma mais fácil de a desenvolver é a partir da meditação que nos ensina a silenciar a mente e a ir além da mente. Infelizmente, há medida que estamos mais dependentes da informação rápida e sempre disponível,  e do conhecimento racional assente no que é atualmente conhecido e cientificamente provado (mas não necessariamente verdadeiro) vamos desaprendendo e desvalorizando o papel da intuição. 

Fechar os olhos, silenciar a mente, perguntar a nós próprios o que a nossa intuição tem para nos dizer sobre determinado assunto, e sem pressa deixar que ela se manifeste pode ser uma boa pratica para “pedir” ajuda ao nosso GPS interno. 

Por vezes até sabemos interpretar a nossa voz interior, mas queremos validá-la para nos sentirmos mais confortáveis, principalmente quando se trata de tomar decisões importantes e de grande impacto. A Astrologia personalizada (feita para a pessoa) funciona como uma excelente fonte de informação para validação da intuição, e também para desenvolvê-la porque ao expandir o autoconhecimento, fortalece o link com o mundo interior criando um Terreno fértil para distinguir a informação intuitiva.
 

As “previsões astrológicas” 

Se documentássemos os acontecimentos da nossa vida ao longo do tempo conseguiríamos em alguns casos chegar a padrões do tipo: 
  • De x1 em x1 anos tendo a passar por uma fase de crescimento (ou dificuldade) na minha vida profissional
  • De x2 em x2 anos tendo a passar por uma fase difícil (ou de alegria) na minha vida afetiva
  • De x3 em x3 anos tendo a passar por uma fase de maior abundância (ou restrição) financeira  
  • ​...
Em alguns casos poderíamos não encontrar um padrão tão simples ou mesmo não encontrar porque as coisas não são assim tão fáceis de identificar. Estes padrões, à luz da Astrologia, têm correspondência com padrões planetários também eles cíclicos. Este princípio de correspondência entre os movimentos dos corpos celestes e os acontecimentos terrestres é a base da Astrologia – “As Above, So Below”. 

A Astrologia considera que existe uma cadência, repetição regular de fenómenos que acontecem na Terra, tanto ao nível coletivo como individual. Mas, como tudo está em contínua transformação e renovação nada acontece da mesma forma. Então, na prática repetimos ao longo da vida experiências com um mesmo simbolismo central, mas vividas em cenários diferentes. Esta ideia encontra-se expressa na perfeição no ditado: “Sempre a Primavera mas nunca as mesmas flores …”. 
As previsões astrológicas (personalizadas) permitem identificar, para o período em análise, esse simbolismo associado às experiências que vamos passando e que em última análise podemos traduzir ora numa fase de expansão ora de contração.  
  • Fase de expansão: tem correspondência com experiências de vida que nos fazem sentir mais expansivos como sentimento de felicidade, realização, crescimento, reconhecimento, bem estar, autoconfiança, amor próprio,....  
  • Fase de contração: tem correspondência com experiências de vida que nos levam a ficar mais contraídos como tristeza, isolamento, insegurança, medo, desmotivação, estagnação,...
 

Prevendo cenários específicos

Quando se combinam as previsões astrológicas com o contexto da vida da pessoa então é possível chegar a cenários previsíveis mais específicos. 

Por exemplo, se pela análise dos ciclos planetários for visualizado que para os meses que se avizinham a pessoa poderá esperar boas oportunidades de crescimento profissional, e se isto for combinado com o facto da pessoa andar a enviar o seu curriculum ou até estar à espera de uma proposta, então essa previsão pode tornar-se mais específica levando a crer que nos próximos meses a pessoa pode contar com uma viragem positiva na sua carreira, com eventual mudança de trabalho. Neste caso, as previsões astrológicas podem trazer mais confiança no futuro e a serenar a ansiedade.
Se a pessoa não andar à procura de trabalho mas se até gostava de mudar, as previsões astrológicas podem aqui informar que este pode ser um bom timing para agir proactivamente de forma a potenciar as oportunidades do momento. 
Se não for feito nada, pelo menos a pessoa poderá contar com uma fase mais positiva ao nível profissional, ainda que fique no mesmo trabalho. Por exemplo, algo pode mudar no seu local de trabalho que lhe traga crescimento. As oportunidades acabarão por se manifestar na vida da pessoa mas estas poderão ser mais ou menos aproveitadas em função das ações da pessoa.

Imaginemos agora o caso de alguém que está a passar por uma fase difícil no seu casamento e procura a Astrologia para obter informação complementar que lhe ajude a compreender melhor a fase atual e com isso poder planear melhor as suas ações e gerir as suas emoções. 

À luz da Astrologia será possível fornecer informação sobre: 
  • Duração da fase 
  • Simbolismo astrológico da fase
  • Impacto noutros sectores de vida
Ter uma previsão acerca da duração da fase pode funcionar como uma Luz ao fundo do túnel quando se vive momentos tristes e difíceis. "Não há mal que sempre dure, nem bem que se não acabe", e para o bem ou para o mal, a análise dos ciclos planetários permite-nos prever o fim da "tempestade" e o fim da "bonança".

Como na Astrologia todo o simbolismo tem uma expressão e interpretação mais positiva e outra mais negativa, uma das coisas interessantes é que perante acontecimentos difíceis, a Astrologia permite expandir a nossa consciência sobre o que os mesmos podem acrescentar de valor a longo prazo, e como se encaixam no nosso percurso de vida, na nossa “missão” se interpretarmos os acontecimentos sob uma perspetiva mais espiritual e transcendente.

Costuma-se dizer que quando se fecha uma porta abrem-se outras… Usando uma abordagem positiva e criativa podemos perceber que novas portas se podem abrir no futuro em consequência de um determinado acontecimento. Por exemplo, uma crise num casamento, nomeadamente o seu fim, pode abrir portas no sector de vida ligado à carreia, pode trazer ou impulsionar outros projetos, pode levar a pessoa a lutar pela sua independência e a sentir-se mais realizada,... cada vida é um caso único e às vezes aquilo que nos parece tão doloroso numa altura e sem sentido, percebemos mais tarde que até foi uma dádiva ou trouxe uma oportunidade excecional!

Resumindo, as “previsões astrológicas” são mais um tipo de fonte de informação que nos pode ajudar de forma única no planeamento da nossa vida. Em alguns casos consegue ser terapêutica trazendo esperança no futuro e autoconfiança. 

A Astrologia funciona bem e faz bem, quando é usada com sabedoria e humildade. Funcionará mal se a informação não for contextualizada à vida das pessoas.

Alguns ramos específicos da Astrologia ajudam a fazer diferentes tipos de previsão
  • Astrologia Eletiva: Usa técnicas específicas para prever a data mais favorável, dentro de um Universo de datas possíveis, para realização de um evento.
  • Astrologia Natal: Usada para previsão de oportunidades e desafios pessoais, nos diferentes sectores (profissional, familiar, afetivo,...) e período de tempo.
  • Astrologia Horária: Técnicas específicas para responder a perguntas concretas, podendo dessa forma também prever acontecimentos.

Prever é um ato inteligente se for feito para ajustar e trabalhar no presente! ;)


Obrigado pela partilha | monica teixeira | DFAstrolS